Autolesão : uma discussão sobre a mobilização do atendimento em rede

Abstract

RESUMO: Este trabalho, inscrito na linha de pesquisa “Práticas Educativas” do Programa de PósGraduação em Ensino de Humanidades (PPGEH), do Instituto Federal do Espírito Santo, delineou-se a partir do conceito de Autolesão Sem Intenção Suicida (ASIS) e objetivou o mapeamento a rede estabelecida para o atendimento dos casos de autolesão entre os estudantes do ensino médio estadual. Por meio das entrevistas em profundidade, analisadas a partir do método pesquisa aplicada do tipo intervenção social, elaboramos um caminho orientado pela escuta, notificação e cuidado dos estudantes em situação de violência autoprovocada, do tipo autolesão. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada no município de Vitória – ES, a partir da interface entre os gestores de instituições públicas compreendidos na Região 4 – Forte São João, território Praia da Suá. Secundariamente, colaboramos com o debate sobre esta temática junto à comunidade escolar e outros profissionais ligados ao público adolescente através de um material educativo que intenciona fortalecer o atendimento em rede no território em torno da escola. No Brasil, as pesquisas sobre a ASIS ainda são incipientes e apresentam poucas informações no que se refere a coleta e sistematização de dados dificultando a interpretação e promoção de ações no enfrentamento deste fenômeno. Por este motivo, justifico a existência desta pesquisa como necessária à produção de conteúdo e visibilidade sobre o assunto. Para a compreensão do tema o referencial teórico foi construído a partir da discussão sobre o corpo, a adolescência, a intersetorialidade entre a escola e as instituições que compõe a rede para o atendimento estudantes adolescente e o próprio conceito de autolesão.