O monstro amigo: possíveis abordagens no ensino fundamental sobre o abuso sexual em crianças 

SILVA, Regisson da ; THIENGO, Edmar Reis (2019)

dissertacao_mestrado

O abuso sexual em criança é assunto controverso e ainda considerado tabu por muitos educadores. Deste modo, a importância e urgência em se discutir tal temática buscamos, neste trabalho, responder a seguinte questão: como o abuso sexual de crianças foi, é e pode ser trabalhado em salas de aula do ensino fundamental? Dessa forma, apresentamos como objetivo geral para a pesquisa analisar as abordagens pedagógicas realizadas em salas de aula do ensino fundamental sobre abuso sexual cometido contra crianças. Para dar conta desta proposta, utilizaremos como referências básicas: a) Christiane Sanderson que discute o abuso sexual em crianças, considerando os aspectos histórico, social e cultural, com foco na prevenção por meio do fortalecimento de pais e professores; outro aspecto importante é o impacto do abuso sexual nas crianças, com destaque para as consequências em sala de aula. b) Philipe Ariès embasará toda discussão em torno da concepção de criança, historicamente constituída. c) Laura Lowenkron aprofunda na construção histórica das categorias criminais, permitindo-nos uma análise das questões legais. A pesquisa foi realizada em três Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEF) do município de Cariacica – ES e constatou como sujeitos diretos os professores e grupo gestor e, indiretamente, as crianças e adolescentes, bem como toda a comunidade onde a escola está inserida, tudo com base nas leis relativas à questão em análise. Estas três vertentes serão fundamentais para o desenvolvimento das análises, que terão por base as orientações de Augusto Triviños que sugere a triangulação dos dados ao realizar uma pesquisa de cunho qualitativo. Com isso, foi possível pensar e elaborar um Guia de Orientação ao Professor como um produto educativo que atendesse à proposta da pesquisa e contemplasse a metodologia, até então, desenvolvida. Esse Guia, sem dúvida, permite que o silêncio imposto pelos abusadores às crianças seja derrotado e precavido ainda na sala de aula, pelos educadores.


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