Território e representação: o patrimônio territorial de comunidades dos Pontões Capixabas

Bortolotti, Tarlens Bolsoni (2021)

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RESUMO: Esta pesquisa situa-se no âmbito do planejamento regional e se estabelece num cruzamento entre os conceitos de “território”, “patrimônio” e “representação”. Tendo como base teórica e metodológica um diálogo entre a Abordagem Territorialista Italiana e outros autores ligados ao estudo do território. A pesquisa objetiva a identificação de características do patrimônio territorial de algumas comunidades que fazem parte do Monumento Natural dos Pontões Capixabas, Unidade de Conservação integral localizada no noroeste do Espírito Santo. Com isso, a investigação se debruça na identificação, leitura e valorização das características territoriais através de duas etapas metodológicas distintas, porém complementares: a análise dos ciclos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização (TDR) e a representação de recursos territoriais com auxílio de ferramentas do SIG. Assim, os principais resultados obtidos foram a identificação dos tipos territoriais e a representação de sistemas territoriais das comunidades. O território dos Pontões Capixabas, reconhecido pela sua paisagem emoldurada entre montanhas e vales, teve seu primeiro ato territorializante quando grupos indígenas passaram a ocupar a região, já o primeiro processo intenso de desterritorialização ocorreu entre os séculos XIX e XX, quando, através de uma guerra do tipo colonial, o território dos pontões assumiu uma nova dinâmica, pautada no extermínio das populações originárias e incentivos à imigração estrangeira, dando início à consolidação de um novo tipo territorial, marcado pelo surgimento de comunidades rurais. Entretanto, a população fixada na região foi submetida a uma série de incertezas quando, em 2002, foi decretado o Parque Nacional dos Pontões Capixabas, Unidade de Conservação que não permite a permanência de propriedades privadas em seus limites, fato que estimulou a mobilização de grupos contrários a este cenário, culminando em 2008 na recategorização para Monumento Natural. Contudo, os Pontões seguem sem um plano de gestão ou sequer uma base de dados consistente que permita compreender a dinâmica territorial. Dessa forma, como esforço para combater neste cenário, esta pesquisa inicia um processo de elaboração do atlas do patrimônio territorial de algumas comunidades integrantes do Monumento.

RESUMEN: Esta investigación se enmarca en el ámbito de la planificación territorial y se establece en un cruce entre los conceptos de "territorio", "patrimonio" y "representación". Partiendo de una base teórica y metodológica, un diálogo entre el Enfoque Territorialista Italiano y otros autores vinculados al estudio del territorio, la investigación tiene como objetivo identificar características del patrimonio territorial de algunas comunidades que forman parte del Monumento Natural Pontões Capixabas, Unidad de Conservación ubicada en el noroeste de Espírito Santo. Así, la investigación se centra en la identificación, lectura y valoración de las características territoriales a través de dos pasos metodológicos distintos pero complementarios: el análisis de los ciclos de territorialización, desterritorialización y reterritorialización (TDR) y la representación de los recursos territoriales con la ayuda de herramientas SIG. Así, los principales resultados obtenidos fueron la identificación de tipos territoriales y la representación de sistemas territoriales de comunidades. El territorio de Pontões, reconocido por su paisaje enmarcado entre montañas y valles, tuvo su primer acto territorializador cuando los grupos indígenas comenzaron a ocupar la región, ya que el primer intenso proceso de desterritorialización ocurrió entre los siglos XIX y XX, cuando el territorio de pontones adquirió una nueva dinámica, basada en el exterminio de las poblaciones originarias y el incentivo a la inmigración extranjera, iniciando la consolidación de un nuevo tipo territorial, marcado por el surgimiento de comunidades rurales. Sin embargo, la población asentada en la región se vio sometida a incertidumbres cuando, en 2002, se declaró el Parque Nacional Pontões Capixabas, Unidad de Conservación que no permite que las propiedades privadas permanezcan dentro de sus límites, hecho que estimuló la movilización de grupos contrarios a este escenario, culminando en 2008 con la recategorización de Monumento Natural. Sin embargo, los Pontões continúan sin un plan de gestión o incluso una base de datos consistente que permita comprender la dinámica territorial, por lo que, como un esfuerzo por combatir este escenario, esta investigación inicia un proceso de elaboración del atlas del patrimonio territorial de algunas comunidades de el monumento.


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