Análise comparativa da eficiência das espécies Aloe arborescens e Aloe barbadensis como redutores de arrasto em escoamentos turbulentos

Souza, Aline Bisi (2018)

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Desde a descoberta de Toms (1948) de que a adição de polímeros de alto peso molecular em escoamentos turbulentos pode reduzir consideravelmente a perda de carga, muitas pesquisas se desenvolveram em torno deste fenômeno, visando tornar processos industriais mais baratos e eficientes. Dentre os polímeros, a mucilagem da babosa apresenta bons resultados na redução de arrasto, além de ser um produto natural, não-tóxico, de fácil obtenção e de baixo custo. A espécie Aloe barbadensis, conhecida como Aloe vera, é a mais utilizada. Entretanto, existem outras espécies que poderiam ser investigadas, pois a composição química das mucilagens pode variar entre as espécies. Neste trabalho, objetiva-se comparar a mucilagem de duas espécies de babosa, Aloe arborescens e Aloe barbadensis, para verificar qual delas alcança melhores resultados na redução de arrasto em escoamentos turbulentos. Para atingir este objetivo, foi necessário o plantio e cultivo destas plantas sob condições semelhantes. Utilizou-se a metodologia de processamento proposta por Barbosa (2017) para obtenção da solução de mucilagem e a técnica de infravermelho para a caracterização química da solução. Os testes de redução de arrasto foram feitos em um reômetro, para determinar o comportamento das duas espécies em relação à capacidade de redução de arrasto. Os resultados obtidos mostraram que o biopolímero proveniente da Aloe arborescens tem capacidade em reduzir arrasto de até 4,8% a mais do que a espécie Aloe barbadensis, podendo este comportamento ser atribuído ao fato das proporções dos constituintes serem diferentes entre as espécies. Dessa forma, este estudo contribui para intensificar o uso do biopolímero Aloe arborescens em diversas áreas, como na medicina e meio ambiente, bem como tornar mais econômico o transporte de fluidos.


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