Desenvolvimento do compósito poroso alumina-zircônia confeccionado pelo método da esponja polimérica
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O aumento dos procedimentos de implantes biomédicos gera uma abordagem promissora no desenvolvimento de biocerâmicas, as quais são aplicadas em diversas ferramentas médicas no reparo de tecidos e órgãos. A alumina e zircônia são amplamente pesquisadas, principalmente, devido à biocompatibilidade e resistência à corrosão. Estudos das últimas décadas mostram que a incorporação de zircônia à alumina traz progressos nas características relevantes de materiais cerâmicos, como por exemplo, tenacidade à fratura. O objetivo deste trabalho foi caracterizar microestruturalmente arcabouços porosos de alumina-zircônia por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV) e difração de raios X (DRX). Foram misturados pós de alumina e zircônia nas composições 55%-45%, 70%-30% e 85%- 15% em massa e os corpos de prova foram confeccionados pelo método da esponja polimérica com dimensões de 10x10x10mm. Os corpos de prova foram calcinados a 550 °C por 1 h, para retirada da esponja polimérica e posteriormente sinterizados a 1550 °C, 1600 °C e 1650 °C por 2 h. Os resultados obtidos indicam que a estrutura porosa da esponja polimérica foi reproduzida pelo compósito e que as fases principais da alumina e da zircônia estão presentes no mesmo. Não houve formação de nova fase cristalina, nem se constatou resquício da esponja polimérica. Os resultados estão de acordo com a literatura e tornam tais compósitos aptos a serem submetidos a ensaios físico-mecânicos e ensaios in vitro e in vivo, visando utilização para área biomédica.
- Engenharias643
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