O desvendar de uma Tarde sem Nenhum Mistério: os ritmos do decassílabo em Paulo Henriques Britto

Abstract

RESUMO: Este artigo tem como foco analisar as construções rítmicas do verso decassílabo da poesia brasileira contemporânea, a partir de poemas de Paulo Henriques Britto. Para tanto, discutiremos as teorias do verso e do ritmo em manuais de versificação e demais trabalhos panorâmicos de estudo de poética (RAMOS, 1959; PIGNATARI, 2004; PROENÇA, 1955), além de colocar em perspectiva crítica aspectos da poesia brasileira contemporânea (SISCAR, 2010; MALUFE, 2012) e, ainda, vozes da fortuna crítica dedicadas ao estudo da poética de Henriques Britto (GONÇALVES, 2017; SOUZA, 2010). Por conseguinte, analisaremos o poema I da seção “Art poétique”, de Tarde (2007), e “Nenhuma arte”, da seção de mesmo nome da obra Nenhum mistério (2018), de modo a perscrutar as estratégias formais de construção de seus versos. Assim, este trabalho ainda busca servir de apoio teórico-metodológico para o incentivo de estudos acadêmicos sobre versificação em língua portuguesa.