Núcleos de Inovação Tecnológica e Polos da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial em Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: um estudo de casos selecionados na segunda década do século XXI
Tese de doutorado
RESUMO: O objetivo nesta tese é analisar como a estrutura organizacional dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) que possuem Polos de Inovação credenciados pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) impacta a maneira como os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) atuam, principalmente no que se refere ao protagonismo na mediação do relacionamento com empresas para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). A metodologia adotada é a de estudo de casos múltiplos com análise de conteúdo de entrevistas, em uma abordagem qualitativa temática. Para isso, foram selecionados os cinco IFs que tiveram Polos de Inovação credenciados pela EMBRAPII em 2015, a saber: Instituto Federal da Bahia (IFBA), Instituto Federal do Ceará (IFCE), Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), Instituto Federal Fluminense (IFF) e Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG). Como parte da metodologia foram realizadas: revisão bibliográfica, exame documental, observações de campo e entrevistas com os gestores dos NITs e Polos de Inovação dos IFs selecionados. A revisão bibliográfica apresentou as principais abordagens do relacionamento academia-empresa, discutindo os fatores que conduzem ao protagonismo nessas relações. A esses fatores foram acrescentados os que caracterizam os IFs como um arranjo educacional único – devido à verticalização de sua estrutura educacional, à determinação de desenvolver pesquisa aplicada e à intensa distribuição geográfica multicampi. O resultado da pesquisa identificou que são os Polos de Inovação, e não os NITs, que se apresentam mais aderentes a esse conjunto de fatores analisados, se posicionando como protagonistas de fato nas relações entre os IFs e as empresas em projetos de PD&I. Conclui-se mostrando a importância do desenvolvimento de uma institucionalidade que leve os NITs e os Polos de Inovação a atuarem em uma estrutura de gestão conjunta nos IFs.
ABSTRACT: The aim of this thesis is to analyze how the organizational structure of the Federal Institutes of Education, Science and Technology (IFs) that have Innovation Centers accredited by the Brazilian Company for Research and Industrial Innovation (EMBRAPII) impacts the way the Technology Transfer Offices (TTOs) work mainly with regard to the leading role in mediating the relationship with companies for research, development and innovation (RD&I) projects. The methodology adopted is to study multiple cases through interview’s content analysis using a qualitative thematic approach. For this purpose, the five IFs that had Innovation Poles accredited by EMBRAPII in 2015 were selected: Federal Institute of Bahia (IFBA), Federal Institute of Ceará (IFCE), Federal Institute of Espírito Santo (IFES), Federal Institute Fluminense (IFF) and Federal Institute of Minas Gerais (IFMG). As a part of the methodology, literature review, documentary examination, field observations and interviews with the managers of the TTOs and Innovation Poles of the selected IFs were conducted. The literature review presented the main approaches of the academy-industry relationships, discussing the factors that lead to the protagonism within these relations. To these factors were added those that characterize IFs as a unique educational arrangement -due to the verticalization of their educational structure, the determination to develop applied research and the intense multicampus geographic distribution. As a result, the research identified that the Innovation Poles, instead of the TTOs, are adherent the most to this set of factors analyzed, positioning themselves as protagonists, in fact, in the relationship between IFs and companies in RD&Iprojects. It concludes by exposing the importance of developing an institutionality that leads the TTOs and Innovation Poles to work in a joint management structure in the IFs.
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