Centro de Atenção Psicossocial para Colatina/ES: proposta projetual a partir de diretrizes de psicologia ambiental
Trabalho de conclusão de curso
RESUMO: Os ambientes voltados para saúde mental passaram por grandes transformações ao longo da história, em que se destaca a transição de Manicômios para Centros de Atenção Psicossocial. Apesar dos avanços na legislação que trata o assunto, muito ainda precisa ser observado para assegurar um ambiente propício à recuperação e socialização do paciente atendido pelo sistema. Neste contexto as contribuições da Psicologia Ambiental surgem como suporte ao entendimento das relações pessoa/ambiente. Assim, este trabalho objetiva desenvolver um projeto arquitetônico para um Centro de Atenção Psicossocial tipo II no município de Colatina/Espírito Santo, a partir de diretrizes fundamentadas na Psicologia Ambiental, especificamente relacionados ao pertencimento, apropriação e territorialidade. Para tanto, o trabalho se estrutura nas etapas: (1) reconstituição histórica do conceito de loucura; (2) uma análise dos ambientes de saúde mental; (3) análise das referências teóricas de Psicologia Ambiental, sobretudo Cavalcante, Elali, Fischer e Moser; (4) estudo de caso de um CAPS II em Colatina, por meio de instrumentos de Avaliação Pós-Ocupação (APO) a fim de compreender a experiência dos usuários em relação à instituição, assim como suas fragilidades e potencialidades e (5) a proposta projetual. O desenvolvimento do projeto considerou todos os conceitos, estudo de caso realizado, legislação específica e estudos dos condicionantes ambientais para o entorno urbano do local selecionado para o projeto. A humanização dos ambientes se configura a partir de algumas decisões fundamentais, como a valorização da relação interno-externo e espaços refúgio, a garantia de privacidade, rompendo com o excesso de vigilância deste tipo de instituição, além de soluções que possibilitem a apropriação destes ambientes.
ABSTRACT: The environments focused on mental health have undergone major changes throughout history, in which the transition from Asylums to Psychosocial Care Centers stands out. Despite advances in legislation dealing with the subject, much remains to be observed to ensure an environment conducive to the recovery and socialization of the patient served by the system. In this context, the contributions of Environmental Psychology appear to support the understanding of person/environment relationships. Thus, this work aims to develop an architectural project for a Psychosocial Care Center type II in the city of Colatina/Espírito Santo, based on guidelines on Environmental Psychology, specifically related to belonging, appropriation and territoriality. To this end, the work is structured in stages: (1) historical reconstruction of the concept of madness; (2) an analysis of mental health environments; (3) analysis of theoretical references in Environmental Psychology, especially Cavalcante and Elali, Fischer and Moser; (4) case study of a CAPS II in Colatina, using Post-Occupancy Assessment (APO) instruments in order to understand the users' experience in relation to the institution, as well as its weaknesses and potential, and (5) the project itself, which includes studies on constructive urban insertion guidelines. In this, the humanization of environments is configured based on some fundamental decisions, such as the valorization of the internal-external relationship and places of refuge, the guarantee of privacy, breaking with the excessive surveillance of this type of institution, in addition to solutions that enable the appropriation these environments.
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