Biodiversidade e Etnobotânica: um estudo das espécies arbóreas da Mata Atlântica do distrito de São João de Petrópolis, Santa Teresa, ES
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Os estudos em Etnobotânica são recentes e trazem uma gama de abordagens preservacionistas, contribuindo de forma significativa para a preservação e manutenção da biodiversidade, sendo de fundamental importância para o estudo e abordagem de certas características principalmente sobre o conhecimento tradicional que certas comunidades constituíram ao longo de sua historicidade. Nesse contexto, a comunidade de São João de Petrópolis, detém uma comunidade tradicional de descendentes dos colonizadores europeus, formada por camponeses de agricultura familiar em sua maioria, traço este mantido, com mais ou menos intensidade até a atualidade. Os objetivos pautaram-se em identificar como o conhecimento referente às espécies arbóreas se preserva em tal região, elaborando uma lista da flora arbórea que é utilizada e conhecida com base em coletas botânicas e consulta a coleções botânicas depositadas em herbários. Verificou-se ainda o “status” de preservação das espécies arbóreas conhecidas e utilizadas por tal comunidade, e buscou-se compreender como tais conhecimentos etnobotânicos, se encontram distribuídos entre os moradores em relação às diferentes gerações. Foram realizadas visitas às famílias previamente selecionadas, das quais apresentavam um relativo tempo de moradia e apresentava pelo menos três gerações distintas, e que não configuravam nenhum grau de parentesco entre si. Configurando este estudo como pioneiro em tratar a questão da etnobotânica de espécies arbóreas na comunidade, foram levantadas setenta e seis diferentes espécies com os mais variados usos, correspondentes às famílias botânicas Fabaceae, Rutaceae, Lecythidaceae e Bignoniaceae, sendo estas as famílias mais representativas, não corroborando totalmente com Oliveira-Filho & Fontes (2000) que citam Fabaceae, Euphorbiaceae, Meliaceae, Malvaceae e Bignoneaceae, como sendo as famílias mais ricas em espécies em Florestas Estacionais Semideciduais da Mata Atlântica. Notamos que há diferença no total das espécies citadas pelas gerações, que demonstram um maior ou menor conhecimento destas em relação à formação florestal presente em tal comunidade. Tal fato comprova uma maior ou menor interação das diferentes gerações à formação florestal em questão.
Studies in Ethnobotany are fresh and carry a range of conservation approaches, contributing significantly to the preservation and maintenance of biodiversity, being of fundamental importance to the study and approach of certain features primarily on traditional knowledge that certain communities formed along its historicity. In this context, the community of São João de Petrópolis, holds a traditional community descended from early European settlers, formed by peasants of family farming for the most part, this trait kept, with more or less intensity until nowadays. The goals followed in identifying how the knowledge concerning tree species preserved in such a region, drawing up a list of the arboreal flora that is used and known based on botanical collections and queries the botanical collections deposited in herbaria, there was still the "status" of preservation of tree species known and used by such community, and sought to understand how such Ethnobotanical knowledgeare distributed among residents in relation to different generations. The visits were carried out previously selected families, of which presented a relative time and featured at least three distinct generations, and not configured any degree of kinship amongst themselves. Configuring this study as a pioneer in treating the question of ethnobotany of tree species in the community were raised seventy-six different species with the most varied uses, corresponding to the botanical families Fabaceae, Lecythidaceae, Rutaceae and Bignoniaceae, these being the most representative families, not corroborating with Oliveira-Filho& sources (2000) mentioning Fabaceae, Euphorbiaceae, Malvaceae, and Bignoneaceae Meliaceae, as being the most species-rich families in Seasonal semideciduous forest fragments of the Atlantic Forests. The approach in the different generations proved to be quite interesting once, we note that the difference between the species cited demonstrate a greater or lesser knowledge of these in relation to forest formation present in such a community, proving greater or lesser proximity of different generations to forestry training in question.
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