COMPORTAMENTO MORFOAGRONÔMICO DE GENÓTIPOS LOCAIS DE FEIJÃO COMUM EM DOIS NÍVEIS DE ALTITUDE NAS SAFRAS DA SECA E DAS ÁGUAS

Daleprane, Francisco Braz (2020)

tese_doutorado

A pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar o comportamento de 15 genótipos locais de feijão comum oriundos de agricultores familiares de várias localidades e com diferentes níveis de altitude no estado do Espírito Santo, quanto às expressões morfológicas e fenológicas e aos componentes produtivos. Foram desenvolvidos quatro experimentos, sendo dois no período de outubro a dezembro de 2018, na safra das águas, e dois no período de março a julho de 2019, na safra da seca, concomitantemente em dois ambientes de altitude no município de Santa Teresa (ES). O primeiro ambiente, com uma altitude de 174 metros, e o segundo, com altitude de 733 metros em relação ao nível do mar. Foram avaliados 15 genótipos locais de feijão comum. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados com quatro repetições. Cada unidade experimental foi composta por quatro linhas de semeadura, cada linha com quatro metros de comprimento, espaçadas 0,60 m entre si. Em cada linha, foram semeadas 60 sementes, sendo 15 por metro. Avaliaram-se as variáveis tempo para o florescimento (DPF); tempo para a maturação fisiológica (DMF); tempo em dias da emergência à maturação de colheita (Ciclo); número de vagens por planta (VP); produtividade (P). Em cada padrão de maturação, foram avaliados número de vagens (VPM); percentuais de contribuição na produtividade total (PPM); número de grãos por vagem (GVPM); percentuais de rendimento de peneira (RPPM); massa de 100 grãos por peneira (MCG); e percentuais de grãos descartados (DPM). Os dados foram submetidos à análise de variância individual e conjunta e ao teste de agrupamento de Scott-Knott em nível de 5% de probabilidade. Os genótipos Palhaço Vermelho, Terrão NM e Vermelho JV apresentaram crescimento determinado. Os genótipos Palhaço Vermelho, Terrinha NM, Cimentão DP e Roxinho AV foram os mais precoces para as variáveis DPF e DMF ao mesmo tempo nos dois ambientes na safra das águas e da seca. Os genótipos Cimentinho e Roxinho AV, nas safras das águas, e os genótipos Palhaço Vermelho e Cimentão DP, na safra da seca, apresentaram maior precocidade nos dois ambientes de altitude. O genótipo Capixaba precoce apresentou-se como o mais produtivo nos dois ambientes e nos dois períodos de cultivo. O maior número de grãos por vagem, nas duas safras e ambientes de cultivo, foi obtido pelo genótipo Mamoninha em todos os padrões de maturação. Nas duas safras, para todos os estratos de maturação, houve uma predominância para grãos pequenos nos dois ambientes e nas peneiras avaliadas. As peneiras (12/64 Pol.) e (11/64 Pol.) foram as únicas nas quais os grãos foram classificados no tamanho médio