COMER, REZAR E ESTUDAR: O POTENCIAL EDUCATIVO DA ORA-PRO-NÓBIS NO DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA ORG NICA

Abstract

Uma das maneiras de se ensinar Química de forma mais eficaz e atrativa é por meio da contextualização do conteúdo, de forma que o estudante possa conectar os conceitos de Química com o ambiente sociocultural em que está inserido, ampliando seus conhecimentos de forma reflexiva e crítica. A partir dessa premissa, o presente trabalho, de cunho qualitativo, do tipo estudo de caso, busca essa integração a partir da temática das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), sobretudo, a ora-pro-nóbis, uma cactácea de grande valor nutracêutico, visando preencher uma lacuna na área da contextualização, a partir da seguinte questão norteadora: "como um professor de Química pode alcançar a alfabetização científica de seus alunos ao usar a ora-pro-nóbis para contextualizar suas aulas de química orgânica?"; tendo como objetivo a elaboração e validação de uma Sequência Didática (SD) que respondesse a esta questão. O trabalho foi produzido em três etapas: elaboração da SD, validação e reestruturação. No primeiro momento, desenvolveu-se a SD partir do modelo estrutural de Guimarães e Giordan (2011) e os indicadores de alfabetização científica (AC) propostos por Sasseron e Carvalho (2008), com o objetivo de explorar o potencial educativo da ora-pro-nóbis (OPN) ao utilizá-la como objeto de estudo no ensino de Química Orgânica para alunos da 3° série do Ensino Médio, bem como retratar a importância dessa PANC nos âmbitos econômicos e sociais. A validação foi realizada a partir de uma revisão por pares com alguns professores do Instituto Federal do Espírito Santo campus Vila Velha, cujas colaborações contribuíram para a terceira etapa do trabalho, a reelaboração da SD. A análise dos avaliadores aponta a relevância de se trabalhar a temática proposta em sala de aula, afirmando, dessa forma, a aplicabilidade da SD, o potencial educativo da ora-pro-nóbis e o alcance da AC dos estudantes.