Dispersos da história afro-brasileira e o trabalho infantil na leitura de Lumbiá : narrativa de Conceição Evaristo
trabalho de conclusão de curso
RESUMO: Este trabalho tomou como mote a leitura do conto “Lumbiá” do livro Olhos D’água, de autoria da escritora Conceição Evaristo, para levantar reflexões sobre o trabalho infantil e à criança negra, pondo em evidência o racismo e a segregação da raça negra na construção da sociedade brasileira. Nossa pretensão é evidenciar, no artigo, como a literatura pode revelar a ideologia de um grupo dominante e, ao mesmo tempo, que o sistema liderado por pessoas brancas condenar outro grupo a um constante assujeitamento. Com a pesquisa, acreditamos na possibilidade de a literatura não só refletir como também denunciar, recapitular as histórias de um povo e suas condições de sobrevivência para resistir aos preconceitos individuais, organizacionais e estruturais, diante de um cenário desfavorável como o da nossa sociedade contemporânea. Hoje a visibilidade e o aumento de intelectuais negros têm contribuído para uma busca de ascensão e de reparação para as desigualdades de direitos. Na construção desta reflexão recorremos a autores como Silvio de Almeida (2021), Frantz Fanon (2008), Alfredo Bosi (2002) entre outros cuja leitura reverberou nas ideias por nós registradas. Evaristo, com Lumbiá, mostrou-nos que as análises e comportamentos de alguns autores do cânone literários para se referir ao povo negro, não devem ser valorizadas nem aceitas. Mas justamente ao contrário, com “narrativas realistas e corrigidas”, que possibilite reflexões sobre o racismo estrutural e a posição imposta desde recém-nascido as pessoas negras.
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