Avaliação da qualidade dos compósitos poliméricos reforçados com fibra coco

Abstract

O desenvolvimento de compósitos poliméricos sustentáveis reforçados com fibras naturais utilizando resíduos plásticos pós-consumo, tem ganhado destaque significativo, logo o interesse em materiais sustentáveis cresceu devido à demanda por opções ecológicas e à necessidade de reduzir os impactos ambientais dos resíduos plásticos. O Brasil possui um grande potencial no reaproveitamento de fibras naturais a partir dos resíduos descartadas pelas indústrias, somado a isso a produção de plásticos aumentou significativamente ao longo das décadas levando a sociedade a procurar alternativas de descarte e reaproveitamento sustentável. O objetivo deste trabalho foi avaliar compósitos poliméricos reforçados com fibras de coco em diferentes matrizes poliméricas, incluindo resina poliéster, polipropileno pós-consumo e polietileno de alta densidade pós-consumo. A pesquisa envolveu o processamento das fibras de coco, sua seleção com base na fração granulométrica das fibras e o tratamento alcalino das fibras. Os plásticos foram processados e os compósitos foram moldados por compressão. A partir dos resultados obtidos por ensaios mecânicos de tração e flexão, mostraram que o tratamento alcalino aumentou a resistência à tração dos compósitos, com destaque para o polipropileno e o polietileno de alta densidade tratados, que apresentaram os melhores desempenhos. Além disso, as fibras retidas nas peneiras #8 e #16 mostraram maior resistência. Os compósitos também exibiram excelente resistência à flexão, especialmente os de polipropileno e polietileno de alta densidade. Em conclusão, esta pesquisa demonstrou que é viável desenvolver compósitos poliméricos sustentáveis reforçados com fibras de coco a partir de resíduos plásticos pós-consumo. O tratamento alcalino e a seleção adequada das fibras desempenharam um papel crucial no desempenho dos compósitos. Esses materiais têm potencial para diversas aplicações, como mobiliário e divisórias de ambientes devido à sua resistência à flexão e ao menor impacto ambiental.