Estudo de viabilidade técnica e econômica de um sistema fotovoltaico híbrido a baterias sob a Lei nº 14.300/2022

Abstract

RESUMO: Com a aprovação da Lei nº 14.300 no início do ano de 2022, além de mudanças de cunho regimental em comparação com a Resolução Normativa nº 482/2012, novas regras para o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) foram estipuladas. Uma das novidades introduzidas foi a não compensação (parcial ou total) de uma das parcelas que formam a Tarifa do Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), denominada Fio B, referente à remuneração das distribuidoras pelo transporte da energia elétrica. Esta alteração impacta diretamente em parâmetros de viabilidade econômica e, em especial, nas regiões atendidas por concessionárias onde o Fio B representa parte significativa da composição tarifária total. Com esse novo cenário, novas tecnologias que outrora não eram viáveis, agora surgem como potenciais aliados para solucionar os desafios que se posam para o setor da geração distribuída. O armazenamento de energia desponta como uma promessa interessante já que permite elevar o fator de simultaneidade de uma unidade consumidora e, por conseguinte, atribuir maior flexibilidade ao sistema fotovoltaico, despachando a energia de uma fonte intermitente em horários oportunos. Dessa maneira, o presente estudo se propõe a verificar se dado sistema fotovoltaico híbrido a baterias eletroquímicas pode ser uma solução comercialmente viável futuramente para o mercado de energia solar. Para isso, tem se por estratégia a aquisição de dados de demanda de um consumidor residencial tarifado pelo Grupo B, o dimensionamento do sistema que o atenderá, sua estimativa de performance técnica e financeira, permitindo por fim, avaliar diante de métricas de engenharia econômica, sua viabilidade ante as novas instruções legislativas.

ABSTRACT: With the approval of Law nº 14.300 at the beginning of 2022, in addition to changes in the regimental aspect in comparison to the Normative Resolution nº 482/2012, new rules for the Compensation System for Electrical Energy were stipulated. One of the novelties introduced was the absence of compensation (fully or partially) of one of the portions that constitutes the Distribution System Usage Tariff, named Line B, related to paying back the distributors for the transport of electrical energy. This change impacts directly the parameters of economic feasibility and, particularly, in regions where the Line B represents a significant part of the total composition of the tariff. In this new scenario, new technologies, that otherwise were not viable, now emerge as potential allies to solve the challenges that stand before the distributed energy sector. The energy storage shows up as an interesting promise so it allows to raise the simultaneity factor of a consumer unit and, as a result, afford greater flexibility to the photovoltaic system, delivering energy from a intermitent source at key moments. Hence, this work proposes to verify if a certain hybrid photovoltaic system with electrochemical batteries might be a comercially feasible solution to the solar market in the future. In order to accomplish this, the strategy relies on acquiring demand data of a residential load framed in the B Group tariff, develop the system which will attend it, its technical and economical performance estimate, allowing finally, to evaluate its viability throughout the economical engineering metrics before the new legislative instructions.