Marcas de oralidade no Twitter : as eleições brasileiras em foco
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RESUMO: A presente pesquisa busca observar as relações entre fala e escrita como duas modalidades de uso da língua, investigando as marcas de oralidade nos textos do Twitter durante a disputa eleitoral de 2022, considerando todo seu contexto de produção e recepção e os diversos efeitos de sentido do texto em diferentes condições de uso. Além de repensar a visão dicotômica entre fala e escrita nas aulas de português, procuramos situar o Twitter no continuum fala-escrita. Para isso utilizamos como aporte teórico-metodológico as concepções de Luiz Antônio Marcuschi (2007) e Angela Paiva Dionísio (2007) sobre fala e escrita, os conceitos da Ingedore Villaça Koch (2009) sobre texto, as reflexões de Alana kercia Demétrio (2013) e Maria Helenice Costa (2013) sobre Twitter e as ponderações de Ana Margareth Pimentel (2017) sobre a linguagem na internet. Os resultados obtidos revelaram que existem muitas marcas de oralidade nos textos do Twitter, tais como a interjeição, elipse e anacoluto, comprovando que a maneira como falamos influencia significativamente nossa maneira de escrever, por mais que os textos se realizam em espaços regidos majoritariamente pela escrita (código gráfico). À vista disso é necessário repensarmos a relação entre fala e escrita nas aulas de português, considerando os usos da língua oral e escrita, o preconceito linguístico em relação à língua falada e o hiperfoco na língua escrita.
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