Análise espaço-temporal das unidades de conservação do Espírito Santo

Bisch, Viviane Korres (2022)

Trabalho de conclusão de curso

Unidades de Conservação (UC) são áreas protegidas que desempenham papel fundamental na conservação da biodiversidade, representando refúgios para espécies ameaçadas, preservação de habitats e manutenção de serviços ecológicos. Por isso, aumentar as UC em número e tamanho é uma estratégia tão importante para proteger a natureza. O presente estudo utilizou Sistemas de Informações Geográficas (SIG) como método para análise espaço-temporal da evolução da implantação de Unidades de Conservação ao longo do tempo, utilizando a zona costeira e marinha do estado do Espírito Santo (Brasil) como estudo de caso. A prospecção dos dados foi feita utilizando arquivos disponibilizados gratuitamente nas plataformas digitais do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA) e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Vitória (SEMMAN) e posteriormente processados no software QGIS para a produção de mapas temáticos, gráficos e tabelas. Observa-se que existe quase o mesmo número de unidades estaduais (7) e federais (6) no ES, enquanto na capital Vitória há apenas uma UC municipal. De todas elas, as únicas totalmente marinhas são a APA do Arquipélago de Trindade e Martim Vaz e MONA das Ilhas de Trindade e Martim Vaz e do Monte Columbia. A maioria das UC estudadas se enquadra na categoria de Uso Sustentável (8) e, dentro dessas, a maioria é do tipo Área de Proteção Ambiental – APA (7). O município com maior presença de UC é Guarapari, contando com três: o Parque Estadual Paulo César Vinha, a APA Setiba e a RDS Concha D'Ostra. Aracruz está em segundo lugar, com duas: a APA Costa das Algas e o RVS Santa Cruz. Os resultados demonstram que houve crescimento contínuo das UC, com criação de novas em intervalos curtos, de forma que o cenário a cada dez anos experimente mudanças. Ressalta-se a importância do Geoprocessamento como ferramenta de análise espacial de dados ambientais. Tal ferramenta permitiu ilustrar áreas que vem recebendo planos de manejo para a preservação, facilitando maior atenção por parte da sociedade, de empresas e de órgãos públicos, uma vez que possibilitou um maior direcionamento para aquelas áreas que necessitam e aplicam políticas públicas.

Conservation Units (CU) are protected areas that play a fundamental role in the conservation of biodiversity, representing refuges for endangered species, preservation of habitats and maintenance of ecological services. That is why increasing the number and size of CU is such an important strategy to protect nature. The present study uses the Geographic Information Systems (GIS) tool as a method of observing the evolution of the implantation of Conservation Units over time, using the coastal and marine zone of the state of Espírito Santo (Brazil) as a case study. Data prospection was carried out using files made available on the digital platforms of the Chico Mendes da Biodiversity Institute (ICMBio), the State Institute for the Environment (IEMA) and the State Secretariat for the Environment of Vitória (SEMMAN) and subsequently processed in the QGIS software to the production of thematic maps, graphs and tables. It is observed that there are almost the same number of state (7) and federal (6) units in ES, while in the capital Vitória there is only one municipal CU. Of all of them, the only ones that are fully marine are the APA of the Trindade and Martim Vaz Archipelago and MONA of the Trindade and Martim Vaz Islands and Mount Columbia. Most of the CU studied fall into the category of Sustainable Use (8) and, within these, most are of the Environmental Protection Area – APA (7) type. The municipality with the highest presence of CU is Guarapari, with three: Paulo César Vinha State Park, APA Setiba and RDS Concha D'Ostra. Aracruz is in second place, with two: APA Costa das Algas and RVS Santa Cruz. The results show that there was a continuous growth of CU, with the creation of new ones at short intervals, so that the scenario changes a lot every ten years. The importance of geoprocessing as a tool for spatializing environmental data is highlighted. This tool made it possible to illustrate areas that have been receiving management plans for preservation, facilitating greater attention from society, companies, and public bodies, since it allowed greater targeting to those areas that need and apply public policies.


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