Mapeamento do suicídio no estado do Espírito Santo: uma análise espacial do início do século XXI
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Introdução: O suicídio é um fenômeno que possui fatores de alta complexidade e que, nas últimas décadas, em virtude de seu constante crescimento em relação aos níveis de morbidade e mortalidade, o suicídio passou a representar um grave problema para a Saúde Pública. Objetivo: analisar a distribuição espacial dos casos de suicídio no estado do Espírito Santo entre 2001 e 2019. Método: Delineada como pesquisa descritiva de base quantitativa, o estudo utilizou os dados disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SIM/DATASUS) e analisados segundo variáveis como gênero, faixa etária, local de ocorrência e indicadores sociodemográficos. A análise espacial foi realizada com auxílio do índice de Moran I, responsável por mensurar a autocorrelação entre municípios do estado, e o LISA, ao qual contribuiu na identificação de clusters de risco ao suicídio no estado. Resultado: No período analisado foram registrados 3102 óbitos por suicídio no estado, correspondendo a uma taxa de 5,25 morte por 100 mil habitantes. Os resultados apontaram predomínio de mortes na população masculina, na faixa etária de 30 a 39 anos e local de ocorrência em domicílios. O meio mais utilizado foi de enforcamento, seguindo pela autointoxicação para ambos os sexos. Além disso, as microrregiões de Santa Tereza e Afonso Cláudio apresentaram as maiores taxas ao longo do período analisado. Conclusão: Por meio dos resultados obtidos torna-se evidente o perfil epidemiológico dos suicídios tem padrão definido, no entanto, havendo variações dependendo da microrregião. Ademais, no estudo, foi identificado uma concentração das maiores taxas nas microrregiões centrais, podendo contribuir de forma indireta na orientação de futuras campanhas de valorização a vida e/ou ações de combate e proteção ao suicídio.
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