Análise da viabilidade do uso de um sistema híbrido fotovoltaico térmico em habitações de interesse social

Abstract

RESUMO: O termo déficit habitacional é um conceito que se refere às famílias que vivem em condições de moradias precárias ou que não as possuem, está relacionado às deficiências no estoque de moradias, além de englobar as edificações sem condições de serem habitadas. Como forma de combater o déficit habitacional, o governo investiu na criação de Habitações de Interesse Social (HIS), com o propósito de viabilizar à população da subclasse residencial baixa renda o acesso à moradia adequada e regular, a custo acessível. Devido a padronização das HIS, características climáticas e ambientais dos locais onde são construídas se tornam preocupações secundárias. Como resultado, essas edificações ocasionam um consumo excessivo de energia elétrica para suprir o desconforto energético em seu interior. Portanto, este trabalho se propõe em intermédio da análise de viabilidade econômica identificar se a implementação de um Sistema Híbrido Fotovoltaico Térmico (PV/T) em HIS do Estado do Espírito Santo é viável, com a finalidade de permitir às famílias da subclasse residencial baixa renda Capixaba acesso à água potável aquecida e energia elétrica a custos adequados ao orçamento familiar. Para realizar esta pesquisa, criou-se um perfil de consumo de energia elétrica, com o auxílio da ferramenta de análise de regressão linear presente no Software Excel, a partir dos dados socioeconômicos disponibilizados pela EDP ES. Foram levantadas informações a respeito do custo de aquisição, instalação e manutenção do equipamento PV/T proposto, capaz de produzir 300 kWh mensalmente e como é realizado o seu descarte adequado. Assim, calculou-se o Fluxo de Caixa, o Valor Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Payback Descontado do investimento para cada Faixa de Renda do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), integrante do Programa de Habitação de Interesse Social Brasileiro, em um período de 10 anos. Os resultados obtidos atestaram que a análise de viabilidade econômica é viável para as condições de financiamento da Faixa de renda 1. Em contrapartida, é inviável economicamente para as Faixas de renda 1,5, 2 e 3.