De aprovado a jovem titã: uma ponte para o êxito acadêmico

Abstract

A criação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (BRASIL, 2008) contribuiu para ampliar a oferta de vagas na educação profissional, incluindo o ensino médio (EM). Contudo, isso não se traduziu em alcance igualitário para todos. Há de se destacar a existência de uma herança pesada de séculos a ser superada (CURY, 2014) e o modelo de igualdade de oportunidades meritocrático, que desconsidera totalmente as particularidades sociais de cada educando e age como se a oferta escolar fosse perfeitamente homogênea em todos os contextos (DUBET, 2004). Nesse ínterim, surge a Política Nacional de Cotas (PNC) (BRASIL, 2012), com o intuito de mitigar a realidade histórica de injustiças sociais e consequentemente alavancar a entrada de estudantes vindos da rede pública de ensino no rol de discentes do Ifes. Entretanto, ultrapassada a fase de ingresso, a permanência ainda se constitui em desafio a ser vencido para esse educando continuar o percurso formativo com êxito, sendo necessárias ações e/ou políticas públicas que o possibilitem (RIBEIRO, 2020).