Avaliação da estabilidade e conservação de um bioinseticida a base de bacillus thuringiensis produzido em escala industrial.
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A bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) pode sintetizar diferentes proteínas tóxicas que são utilizadas na forma de biopesticida para o controle de diversas pragas encontradas na lavoura. O bioinseticida é uma modalidade de defensivo agrícola que tem como princípio ativo os microrganismos entomopatogênicos, podendo ser eles fungos, bactérias ou seus metabólitos. A indústria de biopesticidas tem enfrentado alguns desafios atualmente, sendo os principais deles conservar a biopotência do produto mantendo o ingrediente ativo vivo, além de preservar o biopesticida livre de contaminantes. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo estudar o uso de conservantes alimentares na estabilização e conservação de bioinseticida à base de B. thuringiensis. Para isso, foram realizados quatro experimentos onde o primeiro foi utilizado como controle sendo testado o uso de estabilizante comercial e nos outros três foram testados o uso de tampão citrato de sódio em diferentes faixas de pH (3,8; 4,2 e 4,8) acrescidos de concentrações fixas de 200 mg/L de metabissulfito de sódio, 1250 mg/L de sorbato potássio e 1200 mg/L de benzoato de sódio. Os experimentos foram realizados em amostras de bioinseticida à base de Bacillus thuringiensis desenvolvido no município de Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso. As amostras foram avaliadas em intervalos regulares, durante um período de cento e vinte dias, sendo analisados a variação dos valores de pH, a contagem do número de esporos viáveis em UFC/mL e a presença de microrganismos patogênicos. Os resultados obtidos mostraram que nos quatro experimentos realizados não foram identificados presença de microrganismos patogênicos durante todo o período avaliado, o pH manteve-se estável com pequenas variações entre os períodos avaliados, enquanto que as concentrações de esporos alcançaram valores bem expressivos podendo ser comparadas a de grandes marcas de bioinseticidas de B. thuringiensis comercializadas no mercado. Diante disso é possível perceber que as substâncias conservantes testadas neste trabalho demonstraram possuir potencial para serem utilizadas na estabilização e conservação de bioinseticidas à base de B. thuringiensis.
Bacillus thuringiensis (Bt) bacteria can synthesize different toxic proteins that are used as a biopesticide to control several pests found in crops. The bioinsecticide is a type of agricultural defensive that has entomopathogenic microorganisms as its active principle, which may be fungi, bacteria or their metabolites. The biopesticide industry is currently facing some challenges, the main ones being to preserve the biopotency of the product by keeping the active ingredient alive, in addition to preserving the biopesticide free of contaminants. Therefore, the present work aimed to study the use of food preservatives in the stabilization and conservation of a bioinsecticide based on B. thuringiensis. For this, four experiments were carried out where the first was used as a control being tested the use of commercial stabilizer and in the other three the use of sodium citrate buffer was tested in different pH ranges (3.8; 4.2 and 4, 8) added to fixed concentrations of 200 mg/L of sodium metabisulphite, 1250 mg/L of potassium sorbate and 1200 mg/L of sodium benzoate. The experiments were carried out on samples of a Bacillus thuringiensis based bioinsecticide developed in the municipality of Campo Novo do Parecis, in Mato Grosso. The samples were evaluated at regular intervals, over a period of one hundred and twenty days, analyzing the variation in pH values, counting the number of viable spores in UFC/mL and the presence of pathogenic microorganisms. The results obtained showed that in the four experiments carried out, the presence of pathogenic microorganisms was not identified throughout the evaluated period, the pH remained stable with small variations between the evaluated periods, while the spore concentrations reached very expressive values and could be compared to of major brands of B. thuringiensis bioinsecticides sold on the market. In view of this, it is possible to perceive that the preservative substances tested in this work demonstrated to have potential to be used in the stabilization and conservation of bioinsecticides based on B. thuringiensis.
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