Desempenho morfoagronômico de cultivares de feijão-caupi (Vigna unguiculata L.) no centro-norte do Espírito Santo
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O feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) apresenta grande resistência às adversidades edafoclimáticas, apresentando grande potencial de cultivo e uma alternativa que contribui para aumentar a segurança alimentar do povo espírito-santense. Reconhecendo esse potencial, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) aprovou em 2021 o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a cultura do feijão-caupi no Estado do Espírito Santo. Um dos componentes do ZARC são as cultivares a serem recomendadas para o cultivo. Neste contexto, esse trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho morfoagronômico de cultivares de feijão-caupi na região Centro-norte do Espírito Santo. O experimento foi conduzido no Ifes campus Santa Teresa no período de março a junho de 2022. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados (DBC), com quatro repetições. As parcelas experimentais foram constituídas por quatro linhas de 5m de comprimento, espaçadas de 0,50m entre si e com dimensões de 2,0x5,0m. As cultivares avaliadas foram: BRS Novaera, BRS Itaim, BRS Guariba, BRS Marataoã, BRS Tumucumaque, BRS Aracê, BRS Rouxinol, BRS Pajeú, BRS Xiquexique e BRS Imponente. Foi utilizado o sistema de irrigação localizada tipo microspray com vazão de 30L.h-1. A colheita foi procedida quando as vagens da parcela apresentaram 90% de maturidade fisiológica, sendo realizada de forma escalonada. As variáveis avaliadas foram: tipo de porte (TP), acamamento (ACAM), valor de cultivo (VC), arquitetura (ARQ), comprimento de vagens (COMPV), peso de cem grãos em cinco vagens (P100G), índice de grãos (IG) e produtividade comecial (PC). De acordo com os resultados obtidos as cultivares mais precoces são BRS Novaera, BRS Pajeú e BRS Guariba enquanto a mais tardia é a BRS Rouxinol. BRS Itaim foi a que apresentou o porte mais ereto, BRS Pajeú o maior valor de cultivo e o maior grau de acamamento juntamente com a BRS Guariba. As plantas que apresentaram melhor arquitetura foram as da Cultivar Novaera. Considerando as variáveis quantitativas, BRS Pajeú apresentou o maior comprimento de vagem e o maior número de grão por vagem , juntamente com Xiquexique. BRS Imponente o maior peso de cem grãos, BRS Itaim o maior valor de Índice de grãos e BRS Novaera, a maior produtividade comercial. Todas as cultivares avaliadas apresentam bom desempenho na região centro-norte do Espírito Santo, BRS Novaera e BRS Pajeú destacam-se como as mais produtivas, enquanto BRS Itaim apresenta potencial para cultivo mecanizado devido ao seu porte e alto valor de índice de grãos.
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