Parasitos Intestinais em crianças: uma revisão bibliográfica

Mauricio, Lorena Souza Rittberg (2022)

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As doenças parasitárias são provocadas, principalmente, por protozoários e helmintos que se alojam no organismo do hospedeiro, podendo provocar danos à saúde dos mesmos. Essas infecções afetam, em sua maioria crianças, devido a imaturidade imunológica que esses apresentam, acrescido à falta de informação dos pais, precárias condições de higiene e treinamento inadequado de funcionários em escolas, por exemplo. Esses parasitos estão intrinsecamente ligados às precárias condições de saneamento básico e saúde, sendo encontrados em países em desenvolvimento como o Brasil. O último Plano Nacional de Vigilância Sanitária e Controle das Enteroparasitoses foi elaborado em 2005, até o momento do referido estudo, não foi divulgado nenhum outro, evidenciando o quanto essas doenças são negligenciadas. Objetivou-se com esse estudo, identificar as principais parasitoses intestinais que afetaram as crianças nos últimos seis anos no Brasil e fornecer dados para futuras pesquisas. A pesquisa realizada foi uma revisão integrativa na literatura na qual consistiu em seis etapas, sendo elas: identificação do tema ou questionamento da revisão integrativa, amostragem ou busca na literatura, categorização dos estudos, avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa, interpretação dos resultados e apresentação da revisão integrativa. A coleta dos dados foi realizada por meio de bases de dados como Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Blibioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), National Center for Biotechnology Information e Google Acadêmico, utilizando os seguintes descritores: “crianças” “doenças parasitárias” “parasitoses intestinais” e “escolar”. Foram encontrados 16 trabalhos que atendiam aos critérios estabelecidos nesta busca: trabalhos publicados nos últimos seis anos, trabalhos realizados no Brasil e pesquisas com crianças entre 0 a 12 anos. O parasito que mais apresentou prevalência nos estudos foi a Giardia duodenalis (81,25%) seguida de dois comensais Endolimax nana e Entamoeba coli ambos aparecendo em 75% dos trabalhos e a região brasileira que apresentou maior número de estudos acerca desses parasitos foi a região Nordeste. As doenças parasitárias são negligenciadas e necessitam de dados epidemiológicos confiáveis, visto que esses encontram-se escassos uma vez que os boletins epidemiológicos abrangem apenas infecções como hanseníase, hepatite, sífilis, doenças de chagas, tuberculose e vírus da imunodeficiência humana (HIV).


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