Avaliação de desempenho dos ensaios não destrutivos por líquido penetrante e partícula magnética em juntas soldadas

Abstract

RESUMO: Os ensaios não destrutivos por líquido penetrante e partícula magnética são técnicas para a inspeção de peças e equipamentos sem comprometer o uso futuro desses componentes, sua aplicação pode ser encontrada principalmente em processos de fabricação. Nessa ótica, entre os modos de fabricação, o processo de soldagem se destaca, sendo fundamental para o desenvolvimento de várias atividades mecânicas. No entanto, pode propiciar defeitos nas juntas soldadas, tais como trincas, mordedura, porosidade, falta de fusão entre outros, assim, os ensaios não destrutivos por líquido penetrante e partícula magnética têm por objetivo evidenciar esses defeitos nas juntas soldadas que pode ser na zona termicamente afetada (ZTA) e na zona fundida (ZF), dentro de suas limitações, exercendo, dessa maneira, um controle de qualidade sobre elas. Nesse sentido, avaliar a efetividade dos ensaios por partícula magnética e por líquido penetrante em juntas soldadas é uma busca recorrente da indústria em virtude desses métodos serem uma forma de garantir o desempenho adequado das soldas que são confeccionadas no meio fabril. Diante do exposto, este trabalho avaliou e comparou o desempenho dos ensaios por líquido penetrante e por partícula magnética por meio da execução de suas etapas em dez juntas soldadas, conforme os procedimentos de normas regulamentadoras, examinando tais técnicas em relação a cinco indicadores. Apesar do número de amostras utilizadas, as mesmas foram executadas obedecendo os critérios da American Welding Society (AWS), ou seja, buscou-se o melhor resultado possível para as juntas soldadas. Respeitando o caráter prático desta pesquisa que sobressai ao número de amostras, após a realização dos ensaios e discussão dos resultados, foi constatado que o ensaio por partícula magnética encontrou mais descontinuidades superficiais em relação ao líquido penetrante, ademais, o ensaio por PM se sobressaiu nos indicadores: tempo de execução, quantidade e tipo de descontinuidade. Já o ensaio por LP se destacou nos outros indicadores: funcionalidade e custo.