Resistência em mudas de Coffea canephora ao parasitismo por Meloidogyne exigua

Abstract

Os fitonematóides do gênero Meloidogyne, são os principais causadores de danos à cultura do café, atrasando seu desenvolvimento, reduzindo sua produção e, dependendo da espécie, provocando a morte de plantas. Quando o M. exigua está presente numa lavoura, é comum que todos esses aspectos sejam observados. Isto, devido à formação de galhas no sistema radicular das plantas, que afetam a absorção de água e de nutrientes, reduzindo o crescimento e induzindo a sintomas de deficiência nutricional. Objetivou-se avaliar o comportamento genético dos genótipos derivados de robusta e conilon quanto ao parasitismo por M. exigua. O experimento foi conduzido em condições de viveiro no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – campus Santa Teresa, de abril a julho de 2022. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos casualizados com 29 tratamentos e quatro repetições (blocos). Cada unidade experimental foi composta por três mudas. Os genótipos avaliados foram: G1, G30, RG2, 101, CM1, 180, R110, 41, LB80, G4, G20, 2.9, 06, LB33, AS2, 010, VR3, VR4, 07, VR11, JC221, RMD, VR1, R22, A1, K61, R25, LB15 e R08. O inóculo de M. exigua foi coletado em lavoura de café arábica naturalmente infestada pelo patógeno no município de Santa Teresa. As mudas de cada genótipo, contendo de quatro a cinco pares de folhas, foram inoculados com uma suspensão contendo 3500 ovos + J2 de M. exigua (população inicial – PI). Aos 80 dias após a inoculação, as mudas foram cuidadosamente retiradas das sacolas plásticas e o sistema radicular separado do substrato e lavado com água. Avaliou-se o número de galhas formadas nas raízes de cada muda, atribuindo-se notas de 0 a 5. Avaliou-se também o número de ovos e J2 extraídos das raízes dos respectivos genótipos. As variáveis avaliadas foram submetidas a análise de variância e as médias dos tratamentos comparados pelo teste de Scott e Knott a 5% de probabilidade. O nível de resistência de cada genótipo foi classificado de acordo com os critérios estabelecidos por Oostenbrink (1966). Os genótipos G30, RG2, CM1, 180, R110, G4, G20, LB33, AS2, VR3, 07, JC221, RMD, VR1 e A1 são classificados como imunes ao parasitismo de Meloidogyne exigua em estádio de muda, já os genótipos R25, VR11, LB15, 2.9, 101, VR4, R22, G1, 41, R08, LB80, 06, 010 e K61 são classificados como resistentes ao parasitismo de Meloidogyne exigua em estádio de muda.