A arquitetura do “aprender": um estudo da relação entre ambiente, aprendizagem e bem estar
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RESUMO: A capacidade de aprender, abordada em vários estudos neurocientíficos, está intimamente ligada aos estímulos externos, percebidos pelos sentidos e enviados ao cérebro. Quanto mais estimulante o ambiente, maior e a riqueza de sinapses cerebrais. As crianças possuem o cérebro mais plástico do que os adultos, permitindo que as informações sejam processadas com maior velocidade e facilidade, fator este, que explica a importância da educação na primeira infância. Além disso, as emoções, apego com o espaço, bem como autonomia que o mesmo proporciona ao indivíduo, influenciam ativamente nesse processo. No entanto, o ambiente escolar acaba não cumprindo tais expectativas. O que se observa no modelo de salas de aula atualmente, é visto até mesmo como sinônimo de controladoríssimo, por alguns autores, devido ao modo como o espaço é estruturado. Buscando ver além desse paradigma, o trabalho em questão, traz uma abordagem voltada para o que dizem os conceitos científicos da Psicologia Ambiental, Biofilia e Neuroarquitetura sobre a relação homem-ambiente, e as contribuições espaciais para a aprendizagem das crianças. Além disso, foi selecionada uma sala de aula específica do ensino fundamental I, da escola E.M.E.F “Belizário Gusmão”, para uma Avaliação PósOcupação (APO), no qual foram consideradas a observação da especialista e as opiniões das crianças e da professora. Os resultados obtidos, catalogados em gráficos, demonstram algumas necessidades físicas e sensoriais para o ambiente. A união da informação teórica com os dados de campo, culminaram na elaboração de um ensaio projetual de arquitetura de interiores, de uma sala de aula idealizada para atender ao público analisado, bem como servir de base para estudos posteriores.
ABSTRACT: The ability to learn, addressed in several neuroscientific studies, is closely linked to external stimuli perceived by the senses and sent to the brain. The more stimulating the environment, the greater the richness of brain synapses. Children have more plastic brains than adults, allowing information to be processed with greater speed andease, a factor that explains the importance of early childhood education. Furthermore, emotions, attachment to space, as well as the autonomy it provides to the individual, actively influence this process. However, the school environment ends up not fulfilling these expectations. What is observed in the classroom model today is even seen as synonymous with very controlling, by some authors, due to the way the space is structured. Seeking to see beyond this paradigm, the work in question brings an approach focused on what the scientific concepts of Environmental Psychology, Biophilia and Neuroarchitecture say about the human-environment relationship, and the spatial contributions to children's learning. In addition, a specific classroom of elementary school I, from the E.M.E.F school “Belizário Gusmão” was selected for a Post-Occupation Assessment (APO), in which the observation of the specialist and the opinions of the children and the teacher were considered. The results obtained, cataloged in graphics, demonstrate some physical and sensory needs of the environment. The union of theoretical information with field data, culminated in the elaboration of an interior design essay, of a classroom designed to serve the analyzed public, as well as serving as a basis for further studies.
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