Índice de tolerância ao calor, balanço térmico e intensidade de uso de vias termolíticas latentes de ovinos de corte em pastejo
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Objetivou-se avaliar a intensidade de uso das vias termolíticas latentes, termólise evaporativa, balanço térmico e o Índice de Tolerância ao Calor (ITC), por meio do balanço térmico de 12 ovelhas de corte mestiças distribuídas em delineamento inteiramente casualizado (DIC) em dois tratamentos, conforme o grau de sangue Dorper e Santa Inês: ¾ Santa Inês (T1) e ¾ Dorper (T2), em seis repetições. O experimento foi realizado em três dias em dezembro de 2020, às 12:00, 13:00 e 14:00 horas, sendo avaliadas: frequência respiratória (FR), taxa de sudação (TS) e temperatura retal (TR); além das variáveis climatológicas: temperatura do globo negro (TGN), temperatura do ar (Tar), umidade relativa (UR), radiação (RA) e velocidade do vento (VV). Foram obtidos os seguintes resultados, demonstrando o desafio de calor pelo qual os animais foram submetidos durante o período experimental, as Tars variaram até 4ºC entre os ambientes (sol e sombra). A TGN atingiu valor máximo de 57°C às 12 horas, valor este influenciado pela alta radiação (até 1028 W m-²) e da baixa velocidade do vento (da total ausência de vento a 1,13 m s-¹, quando os valores mínimos para o conforto térmico seriam em torno de 1,4 a 1,7 m s-¹, ou de 5 a 6 km/h). A UR mostrou-se abaixo da faixa recomendada para criação de animais domésticos. Os ovinos do grupo Dorper utilizaram com maior intensidade a polipneia em comparação ao grupo das Santa Inês (p<0,05). Os animais da raça Santa Inês apresentaram médias de taxa de sudação (TS) mais elevada do que os animais da raça Dorper na maioria dos períodos avaliados. A TR para todos os animais avaliados foi superior no horário das 13 horas, apresentando diferença significativa (P<0,05) em relação aos demais horários avaliados. Com o aumento da temperatura de Globo, verificou-se uma tendência dos animais de ambas as raças em aumentarem a TR. Conclui-se que as condições ambientais do estudo representaram desafio térmico por calor aos animais. As ovelhas Santa Inês, nos momentos de maior desafio térmico, utilizam mais a sudação do que as ovelhas Dorper. Ovelhas com maior grau de sangue Dorper utilizam a polipnéia térmica com via preferencial de termólise latente. O ITC apresentou-se elevado (numa escala de 0 a 10) para os ovinos de ambas as raças.
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