PRODUÇÃO DE BIOMASSA E QUALIDADE BROMATOLÓGICA DE PLANTAS DE COBERTURA INFLUENCIANDO A PRODUTIVIDADE DO CAFEEIRO CONILON
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No Estado do Espírito Santo cerca de 22% das áreas cultivadas com café estão em processo de degradação. A ausência de cobertura vegetal na entrelinha do cafeeiro pode acelerar o processo de mineralização da matéria orgânica do solo, reduzindo o estoque de carbono. Essa é uma prática comum no estado do Espírito Santo nas lavouras de café conilon. A degradação do solo altera a dinâmica do comportamento hídrico do solo, reduz a produtividade agrícola e intensifica o processo erosivo do solo. O objetivo desse trabalho foi avaliar a produção de biomassa e a qualidade bromatológica de plantas de cobertura na entrelinha do cafeeiro conilon e sua influência sobre a produtividade, o rendimento e qualidade dos grãos do cafeeiro conilon. O trabalho foi instalado no município de Rio Bananal – ES. O delineamento experimental em blocos casualizados foi utilizado com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos testados nesta pesquisa foram: T1- braquiária ruzizienses (Urochloa ruziziensis), T2- capim Mombaça (Panicum Maximum cv. Mombaça), T3- capim-Marandu (Urochloa brizantha cv. Marandu), T4- plantas espontâneas, T5- capina e controle químico (glifosato). As plantas de cobertura foram implantadas na entrelinha das plantas de café em parcelas de 2,0 x 6,0 m e controle com roçadeira mecânica. Foram avaliadas as seguintes variáveis nas plantas de cobertura: massa fresca e seca (duas colheitas), cinzas, fibra, proteína bruta e relação C:N e no café conilon: produtividade e granulometria dos grãos. Os dados foram submetidos a testes de normalidade e homogeneidade das variâncias e à análise de variância pelo teste F (p>0,05) e comparação de médias pelo teste de Tukey (p>0,05). As gramíneas se mostraram vantajosas na produção de biomassa, em comparação ao tratamento de plantas espontâneas. O capim-Mombaça obteve maior produtividade de massa fresca (12,9 e 5,7 Mg ha-1, respectivamente em período chuvoso e seco) e massa seca (3,0 e 1,5 Mg ha-1, respectivamente em período chuvoso e seco). As plantas espontâneas obtiveram a menor produtividade de matéria fresca (0,0 e 0,4 Mg ha-1, respectivamente em período chuvoso e seco) e massa seca (0,0 e 0,2 Mg ha-1, respectivamente em período chuvoso e seco. Não foi observada diferença nos teores de cinzas e proteína bruta entre as gramíneas e a espécie P. maximum apresentou maior porcentagem de fibra (70,37%), enquanto U. ruziziensis e U. brizantha obtiveram valores menores (respectivamente 64,23% e64,70%). A relação C:N não apresentou diferença estatística entre os tratamentos. A produtividade média do café conilon foi de 108 sacas ha-1 e não sofreu influência das plantas de cobertura. Não foi observada diferença estatística entre os tratamentos na granulometria do café beneficiado.
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