Distribuição espacial e temporal de focos de calor no município de Alegre/ES
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As queimadas e os incêndios florestais estão entre os principais problemas ambientais enfrentados pelo Brasil, e a detecção desses fenômenos pode ser feita de forma remota, por meio de focos de calor gerados a partir de imagens de sensores a bordo de satélites polares e geoestacionários. Objetivamos com este estudo analisar a distribuição espacial e temporal dos focos de calor no município de Alegre – Espírito Santo, entre os anos de 2010 a 2020. Os dados de focos de calor foram adquiridos, em formato vetorial – shapefile, do Portal do Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No software QGis 3.10.13 foram realizados o processamento dos dados, a contabilização e a espacialização dos focos de calor, e a produção de mapas com a utilização da ferramenta computacional de densidades de Kernel, para cada ano de estudo. Foram também identificadas as principais classes de uso e ocupação do solo nas quais ocorreram os focos de calor, por meio do uso das imagens históricas e recursos do Navegador Geográfico Google Earth Pro. Verificamos o total de 234 focos de calor, entre 2010 e 2020; e que o ano de 2019 foi o que apresentou o maior registro de ocorrências de focos de calor (62). De forma geral, a maior concentração dos focos de calor ocorreu nos meses de setembro e outubro e nos distritos de Alegre (Sede), Anutiba, Café e Rive. As classes de uso e ocupação do solo de maior impacto foram: pastagem, fragmento florestal, área urbana e área de agricultura. Tais resultados podem ser utilizados para estimular a educação ambiental, o mapeamento, o controle e a prevenção de queimadas e de incêndios florestais no município.
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