Análise das exigências em proteína e energia digestíveis para tainhas (Mugil liza) em sistemas de recirculação

Silva, Vitor Vaz (2021)

Trabalho de conclusão de curso

RESUMO: O presente trabalho buscou analisar a efetividade de dietas com diferentes níveis de energia e proteína digestíveis no crescimento de juvenis de tainha (Mugil liza), para isso, foram feitas análises estatísticas dos índices zootécnicos e biológicos, no intuito de se estimar o melhor crescimento dos animais. O experimento contou com 10 tratamentos e 4 repetições, com 2 níveis de energia (3000 e 3300) e 5 níveis de proteína (20, 25, 30, 35 e 40%). Para a realização da pesquisa foi utilizado um sistema de recirculação (RAS) contendo 40 caixas circulares de polietileno (100 litros), onde cada caixa representava uma unidade experimental. A filtragem era composta por filtro mecânico, biológico e skimmer. Os animais foram classificados por peso e tamanho buscando-se manter valores homogêneos. Após a seleção, foram distribuídos 5 peixes por caixa, totalizando a densidade média de 92g por unidade experimental. A alimentação era fornecida duas vezes ao dia, sendo uma pela manhã (07:30) e a outra, à tarde (15:30). A quantidade de ração foi definida como 2g diárias correspondendo a 3% da biomassa da unidade experimental. Foi retirada uma amostra de cada unidade experimental para que fossem anestesiados e, em seguida eutanasiados para análise do índice hepatossomático e víscero somático. Os parâmetros físico-químicos da água foram aferidos durante todo o período experimental. Ao fim do período experimental, uma biometria foi realizada para se obter os índices zootécnicos de ganho de peso, taxa de crescimento especifico e conversão alimentar. Peixes que foram submetidos a dietas que continham níveis superiores a 25% de proteína digestível, apresentaram valores estatisticamente semelhantes entre eles, considerando que os níveis de gordura visceral não apresentaram diferença significativa, pode-se dizer que ao considerar o elevado custo da proteína na dieta, os tratamentos contendo teores proteicos de 25% e 3300 kcal/kg de energia digestíveis, obtiveram resultados mais satisfatórios que os de 30, 35 e 40% de proteína digestível.

ABSTRACT: The present study aimed to analyze the effectiveness of diets with different levels of digestible energy and protein in the growth of juvenile mullet (Mugil Liza), for this purpose, statistical analyses of zootechnical and biological indices were performed, in order to estimate the best growth of animals. The experiment had 10 treatments and 4 repetitions, with 2 energy levels (3000 and 3300) and 5 protein levels (20, 25, 30, 35 and 40%). A recirculating aquaculture system (RAS) containing 40 polyethylene circular boxes (100 liters) was used to carry out the research, where each box represented an experimental unit. The filtration was composed of mechanical filter, biological filter and skimmer. The animals were classified by weight and size in order to maintain homogeneous values. After the selection, 5 fishes were distributed per box, totaling the average density of 92g per experimental unit. Food was provided twice a day, being one in the morning (7:30) and the other during the afternoon (15:30). The ration quantity was defined as 2g daily corresponding to 3% of the biomass of the experimental unit. A sample was taken from each experimental unit to be anesthetized and then euthanized for analysis of the hepatosomatic index and somatic viscera. The physical and chemical parameters of the water were measured throughout the experimental period. At the end of the experimental period, biometrics were performed to obtain the zootechnical indexes of weight gain, specific growth rate and food conversion. Fish that have undergone diets that contain levels higher than 25% digestible protein showed statistically similar values among them, considering that visceral fat levels did not show a significant difference, it can be said that when considering the high cost of protein in the diet, treatments containing protein content of 25% and 3300 kcal/kg of digestible energy, obtained more satisfactory results than those of 30, 35 and 40% of digestible protein.


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