Envelhecimento de cachaças em barris confeccionados em diferentes tipos de madeiras: uma revisão

Abstract

RESUMO: A cachaça é uma bebida típica da cultura brasileira que tem como principal matéria prima à cana-de-açúcar. Sua origem se deu na colonização do Brasil pelos portugueses e está a mais de meio século presente em diversos lares e comércios espalhados no território nacional e internacional, abrangendo todas as classes sociais. A qualidade final da cachaça está atrelada principalmente a seu processo de fabricação, que vai desde o corte da cana-de-açúcar passando pelos processos de moagem, preparo do mosto, fermentação, destilação e armazenamento. A comercialização da bebida é feita tanto por pequenos produtores quanto por grandes destilarias que buscam agregar valor às suas marcas de modo a conquistar mais consumidores e abrir cada vez mais o mercado para exportação do destilado de cana-de-açúcar. Para isso, fabricantes estão investindo cada vez mais em tecnologias para obter melhor aceitação dos consumidores. E para isso, o processo de envelhecimento de cachaça em barris de madeiras, mesmo não sendo obrigatório, se faz hoje essencial nas destilarias espalhadas pelo Brasil não só para cachaça, mas como também para outras bebidas alcoólicas, como vinho, run, whisky, entre outras. Esse processo visa agregar valor ao produto alterando suas qualidades físico-químicas e sensoriais, como, cor, aroma e sabor. Na busca da melhoria desses parâmetros estudos são desenvolvidos para o uso de diferentes madeiras nativas e exóticas na confecção de barris, dentre elas, se destacam hoje, como as mais utilizadas as madeira de amburana, bálsamo e carvalho, e na busca de uma alternativa mais barata no qual se encontra com mais facilidade mesmo não sendo nativa do Brasil, a madeira de eucalipto vem ganhando seu espaço possuindo características sensoriais semelhantes à de madeiras mais utilizadas, como o carvalho-europeu. Diante do exposto, objetivou-se com esse trabalho fazer uma revisão de literatura sobre o uso de madeiras nativas e exóticas no processo de envelhecimento de cachaça, visando à melhoria da qualidade da bebida em seus aspectos físico-químico e sensorial.

ABSTRACT: Cachaça is a typical drink originated from the Brazilian culture whose main raw material is sugar cane. Its origin brings us back to Brazilian colonization by the Portuguese and its present for more than five hundred years at peoples home and business all around the globe. The cachaça final quality it's hitched in its own fabrication process, which begins with the harvest of the sugar cane, through its milling and prepare of the juice, distillation and storage. The commercialization of this beverage its done throughout smaller producers as much as by bigger distilleries who aggregates value to its own brands conquering even more clientele, opening fresh spots for exporting cachaça. For this propose the manufactures are investing in better technologies with the intent of gaining more costumers. Despite the process of ageing the product in wood barrels not being mandatory anymore, still is essential at the distilleries around Brazil, not exclusively for cachaça production, but also other beverage, like wine, rum, whisky. This process hopes to aggregate monetary value to the product altering its physic-chemical and sensorial qualities, like color, aroma and taste. On the search for better studying bases there are different native and exotic woods being used on the confection of the barrels, nowadays is possible to highlight amongst the most utilized woods such as amburana, balsam and oak for its availability, even though it’s not Brazilian native, and cheaper prices, besides the eucalyptus wood is gaining space based on its similarities with most used woods like european oak. Against the exposed, its aimed, with this paper to review the literature about the use of native and exotic wood on the process of the cachaça ageing, visualizing the improvement on the quality of the beverage at its physic-chemical and sensorial qualities.